terça-feira, outubro 11, 2016

Dramas de controle

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O Livro A Profecia Celestina, do autor norte-americano James Redfield introduz-nos sobre esse mecanismo de perda e "roubo" de energia na Terra de Ser Humano para Ser Humano chamada de dramas de controle. Como se trata de coisas abstratas, que não conseguimos enxergar com nossos olhos humanos, a não ser com a nossa visão-cósmica, nosso Terceiro Olho, a partir do Ajna Chakra, ou Chakra Frontal, o Chakra que corresponde à nossa intuição, ao nosso entender o metafísico, o que sabemos por perceber/sentir, e não ver, resolvi trazer a transliteração cortada do próprio livro pra cada tópico porque o livro é bem exemplificador e senti que entenderiam melhor.......... =)


O livro fala de uma antiga Profecia, um Manuscrito, a princípio, que apareceu primeiramente nas ruínas do Machu Pichu, Peru, datada mais ou menos à época de sua criação pelos Incas, a ser descoberta aos poucos por cada personagem no decorrer do livro e em sua continuação, entitulada A Décima Profecia, do mesmo autor. Desse modo, aparecem pontos, questões e as próprias Visões (são 9 no 1º livro e mais 1 no livro seguinte), abordadas no proceder da estória (fictícia, porém, com analogias em forma de exemplo como poderia ocorrer à vida Real)


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— Temos de enfrentar nossa maneira particular de dominar os outros. Não esqueça, a Quarta Visão revela que os seres humanos sempre sentiram falta de energia e buscaram dominar uns aos outros para adquirir a energia que flui entre as pessoas. A Quinta nos mostra depois que existe uma fonte alternativa, mas não podemos permanecer realmente ligados nessa fonte enquanto não chegarmos a termos com o método particular que, como indivíduos, usamos em nossa dominação, e deixarmos de fazer isso; pois sempre que recaímos nesse hábito, nos desligamos da fonte. 

"Livrar-se desse hábito não é fácil, porque é sempre inconsciente a princípio. A chave para abandoná-lo é trazê-lo inteiramente à consciência, e fazemos isso observando que nosso estilo particular de dominar os outros é o que aprendemos na infância para chamar atenção, para conseguir que a energia passe para nós, e ficamos empacados aí. Esse estilo é uma coisa que repetimos várias e várias vezes. Eu o chamo de nosso drama de controle inconsciente. 

"Chamo de drama porque é uma cena conhecida, como de cinema, da qual escrevemos o roteiro quando jovens. Depois a repetimos vezes sem conta em nossas vidas cotidianas, sem prestar atenção. Só sabemos que algum tipo de acontecimento nos ocorre repetidas vezes. O problema é que, se estamos repetindo uma determinada cena sempre e sempre, então as outras cenas de nosso filme da vida real, a grande aventura marcada pelas coincidências, não podem progredir. Interrompemos o filme quando repetimos esse drama único para manipular em busca de energia." 

O DISTANTE
— Sua maneira de controlar pessoas e situações — ele explicou — para trazer energia para si, é criar na cabeça um drama durante o qual você se isola e parece misterioso e cheio de segredos. Diz a si mesmo que está sendo cauteloso, mas o que faz na verdade é esperar que alguém seja atraído para esse drama e tente imaginar o que se passa com você. Quando alguém faz isso, você se mantém vago, obrigando a pessoa a lutar e cavar para discernir seus verdadeiros sentimentos. 

"Quando a pessoa faz isso, dedica toda a atenção a você e lhe transmite a energia. Quanto mais consegue mantê-la interessada e confusa, mais energia você recebe. Infelizmente, quando age com esse distanciamento, sua vida tende a evoluir muito devagar, pois você repete a mesma cena seguidas vezes. Se tivesse se aberto com Rolando, o filme de sua vida teria partido numa nova e significativa direção."



O INTIMIDADOR
— Eu vou lhe explicar as classificações citadas no Manuscrito — disse Sanchez. — Todos manipulam em busca de energia, ou de uma maneira agressiva, direta, forçando as pessoas a prestar atenção neles, ou de uma maneira passiva, jogando com a simpatia ou curiosidade das pessoas para chamar atenção. Por exemplo, se alguém o ameaça, seja verbal ou fisicamente, então você é obrigado, por medo de que alguma coisa ruim lhe aconteça, a prestar atenção nele, e portanto a transmitir energia para ele. A pessoa que o ameaça está envolvendo você no mais agressivo tipo de drama, o que a Sexta Visão chama de o intimidador.



O INTERROGADOR
— Um interrogador é outro tipo de drama. As pessoas que usam essa maneira de adquirir energia encenam um drama de fazer perguntas e sondar o mundo de outra pessoa, com o propósito específico de descobrir alguma coisa errada. Assim que fazem isso, criticam esse aspecto da vida da outra pessoa. Se essa estratégia der certo, aí a pessoa criticada é atraída para o drama. Se vê de repente ficando intimidada perto do interrogador, prestando atenção ao que ele faz e pensando nisso, para não fazer nada errado que o interrogador perceba. A deferência psíquica dá ao interrogador a energia que ele deseja. 

"Tente se lembrar das vezes em que conviveu com pessoas assim. Quando a gente é colhido nesse drama, não tende a agir de um certo modo, para que a pessoa não o critique? Ela nos tira de nosso caminho e drena nossa energia, porque nós nos julgamos pelo que ela pode estar pensando."




O "COITADINHO DE MIM"
"Se, por outro lado, alguém lhe conta todas as coisas horríveis que já aconteceram com ele, insinuando que talvez você seja o responsável, e que se se recusar a ajudá-lo essas coisas horríveis vão continuar, essa pessoa está buscando controlar no nível mais passivo, com o que o Manuscrito chama de drama do coitadinho de mim. Pense nisso um instante. Nunca se viu com alguém que o faz se sentir culpado quando está em presença dele, mesmo sabendo que não existe nenhum motivo para se sentir assim? 

— Sim. 

— Bem, é que você entrou no mundo dramático de um coitadinho de mim. Tudo que eles dizem e fazem deixam você numa posição em que tem de se defender contra a idéia de não estar fazendo o bastante por essa pessoa. Por isso é que se sente culpado só por estar perto dela.




COMO SE LIVRAR DE NOSSOS DRAMAS?
"— Cada um de nós tem de voltar ao próprio passado, ao centro da vida familiar inicial, e observar como se formou esse hábito. Ver a gestação disso mantém consciente nossa maneira de controlar. Lembre-se, a maior parte dos membros de nossa família tinha um drama próprio, tentando extrair energia de nós quando crianças. Por isso é que tivemos de criar uma forma de drama de controle, para começar. Tivemos de criar uma estratégia para recuperar a energia. É sempre na relação com os membros da família que criamos nossos dramas particulares. Contudo, assim que reconhecemos as dinâmicas de energia familiares, podemos nos distanciar dessas estratégias de controle e ver o que realmente está acontecendo. 

— Que quer dizer com realmente acontecendo? 

— Cada pessoa tem de reinterpretar a experiência familiar de um ponto de vista evolutivo, espiritual, e descobrir quem é ela própria na realidade. Assim que fazemos isso, nosso drama de controle desaparece e nossas vidas reais decolam. 

— Como começo então? 

— Primeiro entendendo como se formou seu drama. Me fale de seu pai. 

— É um homem bom, gosta de se divertir e é competente, mas... — hesitei, não querendo parecer ingrato com meu pai. 

— Mas o quê? — perguntou Sanchez.

 — Bem — respondi —, sempre critica tudo. Nada que eu fazia estava certo. 

— Como ele criticava você? — ele perguntou. 


Veio-me à mente uma imagem de meu pai, jovem e forte. — Fazia perguntas, depois descobria alguma coisa errada nas respostas. 


— E que acontecia com sua energia? 


— Acho que eu me sentia esvaziado e evitava dizer qualquer coisa a ele. 


— Quer dizer que se tornou vago e distante, tentando dizer a ele coisas de um modo que chamasse a atenção dele mas não revelasse o bastante para lhe dar alguma coisa para criticar. Ele era o interrogador e você se esquivava quando estava perto dele com seu distanciamento? — É, acho que sim. Mas que é um interrogador?"
(págs. 116-117)


Nesse sentido, deve-se, primeiramente, perceber qual é o nosso drama. Isso se dá através de uma recapitulação do nosso passado, de como éramos tratados pelos nossos próximos e como retrucamos, devolvemos ao outro a energia recebida, você pode fazer isso melhor prestando bem atenção aos exemplos acima e tentando colocá-los à sua própria vida, percebendo entre seus entes queridos e amigos em qual drama se encaixam, e o seu. Assim, meditemos em como agimos hoje; se parecido com nossos pais, repetindo os seus dramas ou com outra maneira que "arranjamos" para rebater/defender-nos dos hábitos/dramas de nossos pais. Depois de encaixarmo-nos em algum ou algum deles e perceber os dos que nos rodeiam, devemos nos "por para fora" desse ciclo vicioso através da prática da paciência, ou seja, não entrando na "questão" alheia, mesmo que nosso CORPO/MENTE anseie por "entrar na briga"; isso acontece porque como sentimos que nossa energia foi roubada queremos lutar por ela, no entanto não há ganhos reais com isso, só a continuação desse ciclo que nos impede de evoluir mais.

"O que consumia minha atenção era a dinâmica de seus campos de energia. Quando a discussão começou, Phil e eu recuamos alguns passos e Sarah é o homem alto postaram-se frente a frente com uma distância de cerca de um metro e meio entre eles. Imediatamente os campos de energia dos dois pareceram tornar-se de algum modo mais densos e excitados, como por uma vibração interna. À medida que prosseguia a conversa, os campos começaram a misturar-se. Quando um deles estabelecia um ponto, seu campo criava um movimento que parecia sugar o campo do outro com o que parecia ser uma espécie de manobra de vácuo. Mas aí, quando a outra pessoa fazia sua refutação, a energia refluía para ela. Em termos da dinâmica dos campos de energia, marcar o ponto parecia significar captar parte do campo adversário e puxá-la para dentro de si."
(pág. 60 do livro)

— O drama de qualquer um pode ser examinado — continuou — de acordo com o lugar que ele ocupa nesse espectro que vai do agressivo ao passivo. Se uma pessoa é sutil em sua agressão, encontrando defeito e solapando lentamente nosso mundo para extrair nossa energia, então, como observamos em seu pai, essa pessoa seria um inter-rogador. Menos passivo que o coitadinho de mim seria o seu drama de distanciamento. Portanto, a ordem dos dramas segue-se deste modo: intimidador, interrogador, distante e coitadinho de mim. Isso faz sentido? 

— Acho que sim. Você acha que todo mundo se encaixa em algum ponto entre esses estilos? 

— Correto. Algumas pessoas usam mais de um estilo em diferentes circunstâncias, mas a maioria de nós tem um drama de controle dominante, que tentamos repetir, dependendo de qual funcionava bem com os membros de nossa família inicial. 

De repente compreendi. Minha mãe fazia comigo exatamente a mesma coisa que meu pai. Olhei para Sanchez. 

— Minha mãe. Eu sei o que ela era. Era também uma interrogadora. 

— Então você recebeu uma de se dupla — disse Sanchez.

— Agora se entende porque é tão distante. Mas pelo menos não o intimidavam, e você nunca temeu por sua segurança. 

— Que teria acontecido nesse caso? 

— Você teria se atolado num drama coitadinho de mim. Vê como funciona? Se você é uma criança e alguém consome sua energia o ameaçando com danos físicos, então se distanciar não resolve. Você não pode fazer com que lhe dêem energia bancando o sonso. Eles não dão a mínima para o que se passa dentro de você. Vêm com força total. Portanto você é obrigado a se tornar mais passivo e tentar a técnica do coitadinho de mim, apelando para a bondade das pessoas, explorando a culpa delas em relação ao mal que lhe fazem. 

"Se isso não funciona, então, como criança, você suporta até crescer o bastante para explodir contra a violência e combater a agressão com agressão. — Fez uma pausa. — Como a criança de quem você me falou, a da família peruana que serviu seu jantar. 

"A pessoa chega ao extremo que for necessário para conseguir atenção de energia na família. E depois disso, essa estratégia se torna a maneira dominante de controle para extrair energia de todos, o drama que ela irá repetir constantemente." 

— Entendo o intimidador — eu disse — mas como surge o interrogador? 

— Que faria você se fosse uma criança e os membros de sua família ou estivessem ausentes ou o ignorassem, porque estavam preocupados com suas carreiras ou algo assim? 

— Não sei. 

— Representar o distante não ia chamar a atenção deles; nem reparariam. Não teria você de recorrer às sondagens e à espionagem, para acabar descobrindo alguma coisa de errado nessas pessoas distantes, a fim de forçar atenção de energia? É isso que faz o interrogador. Eu começava a perceber. 

— As pessoas distantes criam interrogadores! 

— Isso mesmo. 

— E os interrogadores tornam as pessoas distantes! E os intimidadores criam a técnica coitadinho de mim, ou, se isso falhar, outro intimidador! 

— Exatamente. É assim que os próprios dramas de controle se eternizam. Mas lembre-se que há uma tendência a ver esses dramas nos outros, mas achar que nós próprios somos isentos dessas tramas. Cada um de nós deve transcender essa ilusão antes de começar. A maioria de nós tende a empacar, pelo menos durante parte do tempo, num drama, e temos de recuar e nos olhar a nós mesmos o suficiente para descobrir qual é ele. 

Fiquei calado por um momento. Finalmente olhei mais uma vez para Sanchez e perguntei: 

— Depois que vimos nosso drama, que acontece em seguida?

Ele reduziu a velocidade do caminhão para me olhar nos olhos. 

— Estamos verdadeiramente livres para nos tornar mais que o número inconsciente que representamos. Como eu disse antes, podemos encontrar um sentido mais elevado para as nossas vidas, uma razão espiritual de termos nascido em determinadas famílias. Podemos começar a esclarecer quem somos de fato. 
(págs. 117-120)

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A verdadeira profissão do homem é encontrar seu caminho para si mesmo. 
- Hermann Hesse

O auto-conhecimento é uma forma de nos livrarmos não só desses vícios como de outros, como por exemplo de nossa impaciência, impertinência, raivosidade, coisas que sabemos não serem "naturais ao Ser" mas praticamos desde que nos lembramos e a princípio é difícil para nós fazer diferente. Nesse sentido, o fazer diferente é primeiro ENXERGAR o que há para poder estabelecer metas de mudanças para nós mesmos para alcançar o intuito final de realização do Ser.





Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo e os deuses
- Sócrates

Espero ter ajudado e desejo-te uma boa viagem ao interior de si mesmo!

Namaste!



OBS. Você pode ler o livro em PDF: http://www.teresacoutinho.com/ebooks/aprofeciacelestina.pdf

Um comentário:

  1. April 22,2017 carammba depois de tantos meses me denominando com DRAMÁTICA me vi num rio de dúvidas. Afinal ql desses é o meu drama? Deve ser tudin' junto!!! Nããm Sla acho que sou muito do INTERROGADOR, E COITADINHO DE MIM. Hehe nem sei se dá para ser dois, mas né?! Tu, eu te achei DISTANTE kkkk , eu caí como uma INTERROGADORA no meio de tantas coincidências e descobri uma ÓTIMA BLOGUEIRA, parabéns viu moça?! Quero mais
    -kisses

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