A Profecia Celestina (The Celestine Prophecy) - 1933, livro do americano James Redfield trás uma estória não-real que visa materializar eventos que acontecem cotidianamente ou poderiam acontecer; trata-se de questões espirituais e do espírito, explicando várias das questões humanas, esclarecendo, assim, as Verdades espirituais que inconscientemente buscamos.
O livro começa com a personagem principal indo parar no Peru (por pura conexão e interligação - "coincidência", chamaríamos) e indo em busca de um antigo Manuscrito, editado mais ou menos à época da construção do Machu Pichu, que contem Dez Visões que explicam bastante essas questões. No entanto, a busca é hiper-dificultada pelo próprio Governo local (a mando de quem? que Poderes mandam no Governo? - podemos fazer uma ligação com nossa atual conjuntura mundial + os Iluminatti, marcianos, reptilianos e sei-lá-mais-quem) e a Igreja Católica, em que há padres que lutam para o estudo e disseminação do Manuscrito, acreditando que este é um grande norteador e explicador da vida terrena e do próprio sentido da Existência, complementando a Bíblia Sagrada, e outros que o consideram heresia, indo de encontro à Bíblia. Não se sabe ao certo se esse Manuscrito realmente existiu ou não. Eu acredito que sim.
""O Manuscrito prevê", ela prosseguiu, "que assim que atingirmos tal massa crítica, toda a cultura começará a levar essas experiências coincidentes a sério. Vamos nos perguntar, em massa, que processo misterioso está por baixo da vida humana neste planeta. E será esta pergunta, feita ao mesmo tempo por um número suficiente de pessoas, que permitirá que as outras visões também venham à consciência — pois, segundo o Manuscrito, quando um número suficiente de indivíduos perguntar a sério o que ocorre na vida, começaremos a descobrir. As outras visões serão reveladas... uma após a outra."
3. A TERCEIRA VISÃO
Durante as partes que explicam essa Visão a estória se passa em uma hospedaria, a Hospedaria Viciente, na região de Alta Selva, no Peru. Pesquisei no Google sobre o lugar e encontrei só nomes parecidos, adoraria ver se existe mesmo hehehe. Quem sabe um dia.
Neste lugar será descrito o que são os campos de energia.
"—Descreve uma nova compreensão do mundo físico. Diz que nós, seres humanos, vamos perceber o que era antes uma espécie de energia invisível. A hospedaria se tornou um lugar de encontro dos cientistas interessados em estudar e conversar sobre esse fenômeno."
...
""Todo o trabalho da vida de Einstein foi mostrar que o que percebemos como matéria sólida é em sua maior parte espaço vazio percorrido por um padrão de energia. Isso inclui a nós mesmos. E o que a física quântica revelou é que quando observamos esses padrões de energia em níveis cada vez menores, podemos ver resultados surpreendentes. As experiências demonstraram que quando se fragmentam pequenos componentes dessa energia, o que chamamos de partículas elementares, e tentamos observar como funcionam, o próprio ato da observação altera os resultados — como se essas partículas elementares fossem influenciadas pelo que o cientista espera. Isso se aplica mesmo que as partículas tenham de aparecer em lugares aonde não poderiam ir, em vista das leis do universo como as conhecemos: dois lugares ao mesmo tempo, para a frente ou para trás no tempo, esse tipo de coisa."
Ela se interrompeu para se voltar para mim de novo.
— Em outras palavras, o material básico do universo, no seu âmago, parece uma espécie de energia pura maleável à intenção e expectativa humanas, de uma maneira que desafia nosso antigo modelo mecanicista do universo; como se nossa expectativa fizesse nossa energia fluir para o mundo e afetar outros sistemas de energia. O que, claro, é exatamente o que a Terceira Visão nos levaria a acreditar."
Nessa Hospedaria havia estudos sobre esses campos energéticos em plantas, onde o cientista/observador passa alguns minutos diários falando e/ou emanando energia em forma de pensamentos para algumas plantas sim e outras não. Notável é a diferença, segundo o livro, das plantas que recebem energia diária em formas de conversa ou emanações energéticas em forma de pensamento, ou seja, as que recebem uma atenção especial crescem bem mais e/ou são consideravelmente mais vigorosas, contendo mais proteínas, vitaminas, minerais e carboidratos, demonstrando que a energia até em forma de pensamento existe SIM e altera a Realidade do Todo.
✪ No entanto, deve-se perceber que tipo de energia se está enviando para a planta. Por exemplo, no caso dos pés de Cannabis, às vezes o cuidador fica ansioso para que a planta chegue à época da colheita, o que pode fazer até com que ela morra, pois as plantas são muito sensíveis. Converse com elas sempre com amor e sem expectativa (a Cannabis principalmente) ou simplesmente deixe-a em paz.
"Pensei nessa idéia um instante, e então li uma coisa que me fascinou: o Manuscrito dizia que a percepção humana dessa energia começa com uma ampliada sensibilidade à beleza. Enquanto pensava nisso, o som de alguém caminhando pela trilha embaixo me chamou a atenção. Vi Sarah no exato momento em que ela olhou para o outeiro e me avistou.
— Este local é fantástico — ela disse, ao se aproximar de mim.
— Já chegou no trecho sobre a percepção da beleza?
—Já — respondi. — Mas não estou certo do que significa."
Nesse momento é colocado que as percepções quanto à energia do Universo começam a ficar mais nítidas quando a pessoa começa a ter um apreciamento maior pela beleza do Todo, isto é, quando se acentua no Ser a apreciação da beleza das paisagens, flores, folhas, da Natureza em geral. Isso pra mim fica nítido quando percebemos nossos amigos, "imersos em Maya", no sentido de ver a Natureza, os animais... e não verem, não apreciarem! Não veem a beleza nelas, no Todo. Uma vez cheguei a ouvir de uma amiga que por ela podiam-se acabar com as florestas e construir apenas shopping-centers, daí vocês tiram!
"— Mas a visão principal é mais ampla ainda — ele comentou, quase como para si mesmo. — A Terceira Visão é de que o universo como um todo é composto dessa energia, e que podemos modificar talvez não apenas as plantas, mas também outras coisas, exatamente como fazemos com a energia que nos pertence, a parte que podemos controlar. — Fez uma pausa de todo um minuto. — Eu me pergunto como afetamos outras pessoas com nossa energia."
4. A QUARTA VISÃO
"— Não creio que tenham — disse Wil.
— Estão tão fascinados com a Terceira Visão que não foram adiante. A maneira como os seres humanos competem pela energia está na Quarta Visão.
— Competem pela energia? — perguntei.
Ele apenas sorriu, indicando com a cabeça a tradução que eu tinha nas mãos.
Retomei de onde parara. O texto apontava nitidamente para a Quarta Visão. Dizia que os seres humanos acabariam vendo o universo como constituído de uma energia dinâmica, uma energia que pode nos sustentar e responder às nossas expectativas. Contudo, também veríamos que fomos desligados da fonte maior dessa energia, que nos isolamos dela, e por isso nos sentimos fracos, inseguros e carentes.
— Diante desse déficit, nós, seres humanos, sempre procuramos intensificar nossa energia pessoal da única maneira que conhecemos: buscando roubá-la psicologicamente de outros — uma competição inconsciente que é a base de todo conflito humano no mundo."
...
"— Meu campo está em conflito, querendo saber por que os seres humanos se tratam uns aos outros com tanta violência. Sempre soubemos que essa violência surge do impulso dos seres humanos para controlar e dominar uns aos outros, mas só recentemente estudamos esse fenômeno de dentro, do ponto de vista da consciência individual. Perguntamos o que ocorre dentro de um ser humano que o faz querer controlar outra pessoa. Descobrimos que quando um indivíduo se dirige a outra pessoa e se empenha numa discussão, o que ocorre bilhões de vezes todos os dias no mundo, pode acontecer uma das duas coisas. O indivíduo sai se sentindo mais forte ou mais fraco, dependendo do que ocorre na interação.
Lancei-lhe um olhar confuso e ele pareceu ligeiramente embaraçado por ter-se lançado numa longa conferência sobre o assunto. Pedi-lhe que prosseguisse.
— Por esse motivo — acrescentou — nós, humanos, sempre parecemos adotar uma atitude manipuladora. Sejam quais forem os detalhes da situação, ou do assunto em questão, nós nos preparamos para dizer o que for preciso para prevalecer na conversa. Cada um de nós procura de algum modo encontrar um meio de controlar, e assim continuar por cima no combate. Se temos êxito, se nossa opinião prevalece, então em vez de nos sentirmos fracos, recebemos um reforço psicológico.
"Em outras palavras, nós, humanos, procuramos ser mais espertos e controlar uns aos outros não só por causa de alguma meta tangível que estejamos tentando alcançar no mundo externo, mas por causa de um estímulo psicológico que recebemos. E por isso que se vêem tantos conflitos no mundo, tanto em nível individual quanto de nações.
"O consenso em meu campo é que toda essa questão está agora aflorando na consciência. Nós, humanos, estamos compreendendo o quanto manipulamos uns aos outros, e conseqüentemente reavaliando nossas motivações. Buscamos um novo modo de interagir. Acho que essa reavaliação fará parte da nova visão do mundo de que fala o Manuscrito."
O livro faz menção às brigas; de família, em um caso específico que ele dá exemplo, onde por exemplo o pai briga com a mãe que briga com o filho (em qualquer ordem), mas porque aprenderam assim com seus pais... Quando a mãe/pai fala não se pode discutir, o que na muitas vezes resulta em revolta, principalmente na fase da adolescência (o filho depois de um tempo aguentando, explode - busca da energia perdida - , foge de casa, etc).
Diante disso, podemos compreender que quando brigamos com alguém e essa pessoa "perde" na briga, isto é, os seus argumentos terminam sendo sentidos como os melhores, na verdade estamos tirando energia dessa pessoa, e quando ganhamos, nos sentimos bem. Contudo, como em uma briga normalmente ninguém ganha, ambos saem sentindo-se esgotados, feridos. Se alguém o fizer, este sairá se sentindo forte e tranquilo, e o outro, arrasado, destruído, esgotado, triste.
"— Vou lhe contar o que eu vi — eu disse. — Assisti a uma discussão entre duas pessoas, e as energias delas faziam umas coisas realmente estranhas.
Reneau empurrou os óculos para cima mais uma vez.
— Me fale disso.
Nesse ponto Wil se levantou.
— Acho que tenho de me recolher — disse. — Foi um dia longo.
Ambos lhe desejamos boa noite e ele entrou na barraca. Depois disso, descrevi o melhor que pude o que Sarah e o outro cientista haviam dito um ao outro, enfatizando a ação de seus campos de energia.
— Agora espere um minuto — pediu Reneau. — Você viu as energias deles puxando uma à outra, tentando, por assim dizer, capturar uma à outra, enquanto eles discutiam?
— Exato — respondi.
Ele ficou pensativo durante alguns segundos.
— Temos de analisar isso completamente. Havia duas pessoas discutindo sobre quem tinha a visão correta da situação, sobre quem estava certo; cada uma querendo sair vitoriosa sobre a outra, a ponto de invalidar a confiança da outra e se xingar francamente.
De repente ergueu os olhos.
— Sim, isso tudo faz sentindo!
— Que quer dizer? — perguntei.
— O movimento dessa energia, se pudermos observá-la sistematicamente, como um meio de entender o que os humanos estão recebendo quando disputam, brigam e ferem uns aos outros. Quando controlamos um outro ser humano, recebemos essa energia. Nos enchemos dela à custa do outro, e o ato de nos abastecer é o que nos motiva. Olha, eu tenho de aprender a ver esses campos de energia. Onde fica essa Pensão Viciente? Como chego até lá?"
...
— Que os seres humanos estão presos num tipo de disputa pela energia um do outro. Quando conseguimos que outros aquiesçam com nossa opinião, eles se identificam conosco e isso puxa a energia deles para nós e nos sentimos mais fortes.
Ele sorriu.
— Portanto, o problema é que todo mundo está tentando dominar e controlar uns aos outros pela energia, porque sentimos que a temos pouco?
— Certo.
OBS: Você pode ver mais a fundo sobre este tema, o que o livro chama de "dramas de controle", de que fala a Quarta Visão nesse post: http://devaneiosvivenciais.blogspot.com.br/2016/10/dramas-de-controle.html
continua...
Namaste!
ॐ
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