Avidya, nossa visão deturpada & A Lua Cheia em Escorpião do 10/05/2017

Avidya é a visão errada/deturpada das situações do próprio Eu. É o jeito que a gente percebe as coisas e o padrão de repetição delas em nossa vida, que resulta em uma perda de muitas oportunidades por terminar a se repetir o mesmo acontecimento vivido anterior-mente. Tendemos a criar tristezas, sofrimento e repetí-los em nossa vida, criando e atraindo, assim, muitos kleshas (sofrimento/

"bolhas").

A partir disso, criamos hábitos (Samskara) que cobrem nossa mente com avidya, que aparece para nós como uma grande névoa e nem nós mesmos nos entendemos mais. Começamos um relacionamento, repetimos os mesmos erros do anterior, há o mesmo resultado e colocamos a culpa no outro, esquecendo que o que nos incomoda fora reflete nossas próprias ações e processos/padrões internos. 

"Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão."

Mateus 7:3-5

Assim, nossos valores e ações são distorcidos e justificamos nossa conduta, enraizando mais e mais avidya dentro de nós. No entanto, em vez de percebermos a relação como uma oportunidade de melhorar a si, apontamos o outro e tapamos os olhos para nossas próprias ações; muitas vezes acabamos namoro, casamento, amizades, e depois notamos que a exata cena se repete. Por que? É avidya. Quando percebemos isso, podemos tirar o véu e olhar mais cruamente para si, abrindo a possibilidade de transformação do Eu. 

Alguns questionamentos podem ser usados para perceber esses padrões, tais como "consegue perceber um padrão de repetição que você não gosta, mas que se repete em seus relacionamentos?", "você acha que é comum no seu dia-a-dia entender as coisas de uma forma errônea/deturpada?", "é normal seus amigos lhe acusarem disso?"; "você consegue sentir seu poder interno de realização?", "acredita que é capaz de realizar seus sonhos?" ou intoxica sua mente com pensamentos do tipo "eu não sou boa o suficiente para fazer o que almejo"?

A isso chamamos avidya...

Lua Cheia em Escorpião do dia 10/05/2017

Texto com base no texto "LIBERAÇÃO CÁRMICA & DESPROGRAMAÇÃO DO DNA - LUA CHEIA EM ESCORPIÃO, 10 DE MAIO DE 2017"  de Natalia Alba do blog De Coração pra Coração, link: http://www.decoracaoacoracao.blog.br/2017/05/lua-cheia-em-escorpiao-liberacao.html?m=1 , das aulas que tive com Ma Prem Zaki, a quem devo todo o conhecimento sobre Avidya & de outras leituras.

Estamos nesse momento descobrindo nossas camadas internas, o que chamamos de Eu interior, refletidas nas ramificações de Avidya, são elas:

• Asmitã - o que normalmente chamamos de "ego", pensamentos e sensações do tipo "preciso ser/sou o melhor", "com certeza estou certo e o outro errado", "tenho que ganhar", "tenho que ser"... É sugerido aqui perceber quantos "eus" colocamos em cada pensamento/frase nossa e se não estamos achando que somos a última cereja do bolo, etc. Lembrar aqui da humildade dos Budas e que Jesus (O Caminho) também nos ensinou. 

• Ragã -  são desejos de coisas que não precisamos, seja um outro pedaço de bolo mesmo estando cheio ou de coisas supérfluas e que queremos sempre e sempre, seja 3 pares de sapato muito bonitos em uma loja, etc. Está relacionado à urgência de fazer algo que não precisamos, ao menos no momento. Dentro dessa visão, ambicionamos fazer naquele instante, daquela forma, e muitas vezes colocamos tudo a perder. É observado também em pessoas que tentam fazer tudo ao mesmo tempo e não conseguem fazer nada ao fim, demonstrando uma irracionalidade quanto ao uso do tempo e das prioridades.

•  Dvesa - se expressa como a rejeição das coisas. Temos uma experiência ruim e não queremos repetí-la, então negamos outras em que supomos estar relacionados àquela experiência e a rejeitamos, presumindo que elas trariam de novo o mesmo sentimento. Também é observado no negar de coisas que nunca foram provadas/vivenciadas antes, mesmo que não haja uma impressão prévia sobre ela. É uma intransigência.
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• Abhinivesa - o Medo. Seja ele de que for, do julgamento alheio, de perder, de não conseguir. Geralmente é o mais escondido dentro de nós.

Essas quatro ramificações de avidya, juntas ou separadas, obscurecem as nossas percepções. Por meio delas, avidya fica constantemente na nossa mente subconsciente e, como resultado dessa atividade, acabamos nos sentindo insatisfeitos. Tendemos a nos comparar a todo momento com os outros, seja na academia, no trabalho, nos estudos, sempre tendemos a nos comparar. Isto é reflexo de avidya, dessa deturpação mental que intoxica nossa mente, pois devemos nos perceber UNOS-conosco e perfeito como somos, pois cada um tem seu jeito de aprender, seu jeito de ser e seu tempo para tudo, não adianta e não é certa essa comparação, pois ela nunca é justa!

Nesse sentido, essas percepções do Eu estão bastante potencializados com essa Lua, onde essas camadas estão possibilitadas de vir à tona com mais clareza devido ao signo de Escorpião, que tem a qualidade de ir a fundo nas questões e de perceber as coisas sutis (característica dos signos de água), também por ser regido pelos planetas Marte (regido pelo Fogo Sagrado, que tem a energia da transformação, mudança) e Plutão (regeneração, renascimento, poder), possibilitando asim que naveguemos com maior facilidade nas verdades ocultas de nós mesmos.

É momento de CURA, resgate, transformação! Permita-se curar a si mesmo!

Ademais, esta Lua está propicia que enxerguemos finalmente que nossos padrões que tendemos a ver somente no outro também estão dentro de nós... É hora de tirar o véu!

Nossas relações existem da forma com que se apresentam porque precisamos aprender algo com elas, o que será que elas querem nos ensinar?

"Há muitos papéis para desfazer, que ainda fazem parte de quem costumávamos ser: o papel de vítima, os muitos que representamos devido ao nosso ego negativo e muitos mecanismos de defesa que tendemos a utilizar para defender o eu inferior. Não existe nada mais poderoso do que quando decidimos tomar de volta o nosso poder e começar a transformar a nossa vida, a partir do interior, porque é daí de onde tudo que culpamos no exterior, realmente vem. (Natalia Alba)

Por fim, por estarmos em contato com frequências mais sutis no Kosmos, o tempo está propício para essa desprogramação mental, que pode ser ajudada através de músicas com frequências elevadas, a partir de 417Hz e melhor ainda a partir de 528Hz até o infinito rsrsrs.

Algumas que gosto:

https://www.youtube.com/watch?v=-vvpsIiUVKY 852Hz

https://www.youtube.com/watch?v=HqaHNVgFTv4 528Hz

https://www.youtube.com/watch?v=8RW6KlK-EEg 639 Hz

https://www.youtube.com/watch?v=UkM-FjfN6Mc 528 Hz

Lembrando que não há culpa e sempre é tempo de mudar, não devemos, mesmo que encontremos dentro de nós coisas que consideramos "horríveis" ou "péssimas", nos culpar ou nos achar ruins ou inferiores, mas sim aceitar nosso passado como um grau para elevar-se, sempre! Se alguém lhe der um limão, a limonada é sempre uma opção melhor e mais doce...!

”O Yôga não é passivo, temos que participar da vida. Para fazer isso bem, temos que trabalhar sobre nós mesmos.”

Espero que tenham gostado e desejo um bom mergulho dentro de si!

Namaste!

ॐ